Textos
O bilhete amassado
No meio de tantos apetrechos esquecidos
Estava ali, só seco e calado,
Um súbito pulsar fez-me abrir
Aquele papel amassado
As lembranças se chegavam,
A cada movimento de meus dedos
É o que parecia ao tocá-lo
Tão esquecidos segredos
Relutei se queria mesmo ler
Mas abri e li
Era a voz do coração
Aquilo que escrevi,
Foi sim um dos últimos escritos
Que a mim mesmo eu fiz,
Num momento de extrema solidão.
O que estava escrito ali
Até a mim digo não,
Não quero mais saber
De tanta desilusão
Antônio Souza
Enviado por Antônio Souza em 29/08/2018
Alterado em 24/09/2018