Se pudéssemos voltar no passado, provavelmente mudaríamos muita coisa e o faríamos diferente, mas será que valeria a pena mexer em coisas que foram naturais de uma vida, simplesmente pelo desejo de ter feito tudo correto?
E daqui pra frente será que já estamos preparados para não fazermos nada que nos leve a pensar assim e querer modificar mais tarde?!
O simples fato de admitirmos essa possibilidade já nos conduz ao erro, sim porque não deixamos de ser humanos e é próprio do humano cometer erros, embora tenhamos a obrigação de fazer tudo correto todos os dias. Os percalços são inevitáveis é preciso estar atento e forte, como diz o poeta numa canção.
Quando achamos que estamos fazendo tudo correto vem alguém e nos conduz a erro é quando erramos de boa fé, em certos casos obtém-se o perdão não se pune, mas não deixou de ser algo que precisaria de uma correção, ou seja, pela regra do cuidado constante que leva-nos a não acreditar cem por cento em ninguém.
Entretanto, para certas inquietações, penso que é alguma maturidade que falta, certa aceitação de tudo que nos envolve. É preciso aceitar-se, na idade, na razão das coisas, entender que o tempo passa que tudo passa. Aceitar o passado, entender que ninguém é seu e a gente também não é de ninguém. Aceitar que a vida não pode parar e entender tudo aquilo que não se pode mudar.
É importante agarrar-se ao que é certo e preocupar-se mais com o que depende de si. Tudo aquilo que não se pode controlar não deve afetar tanto ao ponto de gerar perturbações. Preocupar-se menos com aquilo que ainda sequer aconteceu. É preciso saber esperar quando não se pode fazer nada além. Saber calar-se quando a falta é ouvir, vive-se melhor quando se observa mais, ouve-se mais e fala-se menos, assim, chega-se a fazer mais, conquistar mais e perder menos.
Há que sempre considerar os verbos, aceitar, aprender e aplicar. Assim, provavelmente, torna-se mais fácil todo objetivo, quer em sonhos a realizar ou com pessoas a conviver.
Na vontade de acertar às vezes erramos. Várias coisas eu aceitei, tantas outras aprendi e muitas ainda tenho por aplicar. Você também?
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