Antônio de Souza Filho
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Lembranças de certo dia

Naquele dia dobrei a esquina do meu tempo, peguei outra rua busquei novo caminho segui em frente sem querer olhar pra trás quis sentir outro vento 

Naquele dia jurei ser forte vesti-me numa couraça cortinei meu peito escondi meu coração deixei apenas uma pequena frecha pra ventilação 

Naquele dia rasguei lembranças desfiz-me de tudo que me apegava a ti mudei minha vida pra pensar somente em mim e tentar outra vez sorrir

Naquele dia quis renascer das cinzas desejei coisas diferentes de tudo que eu conhecia mudei meus hábitos troquei de casa de bairro de cidade pra te esquecer 

Naquele dia tapei meus ouvidos pras palavras doces teci outras vestes  mudei minhas cores quis mudar o arco íris da minha vida para ninguém ver  minha estima ferida

Naquele dia lavei minhas mãos limpei  minh'alma troquei perfumes outra pessoa eu quis ser para nunca mais por ninguém ter que sofrer 

Daquele dia até hoje tu morrestes pra mim, mas não te esqueci, nem tenho  certeza se daquele dia em diante eu também morri pra ti. 

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Você, lembro-me bem
Chegou pedindo amor
E eu tirei de quem
Me deu vida e calor

E o amor que assim, roubei
Viveu, floriu, cresceu
E foi, recordo bem
Sempre tão seu

Você agora  vem
Dizer que não me quer
O mesmo eu disse a alguém
Sem lágrimas sequer

No amor é sempre assim
Só chora um dos dois
Primeiro alguém, agora eu
Será você depois

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Interação musical, homenagem à Altemar Dutra, Evaldo Gouvêa e Jair Amorim.

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Antônio Souza
Enviado por Antônio Souza em 31/10/2018
Alterado em 04/11/2018
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