Dia majestoso
A garota da foto é a Lalá, minha filha, meu primeiro amor. Hoje é o aniversário dela e mais um que a gente comemora com imensa alegria. Ela tem uma história fantástica de combates, conquistas e grandes superações.
Tenho enorme orgulho quando falo dela ou a apresento a alguém, às vezes sinto vontade de ri, outras me emociono, mas sempre fico muito feliz.
Ela demorou a chegar pra gente, já se passavam quatro anos de casamento e Ela se aprontando, santo Deus, a mãe já não sabia mais o que fazer, fez promessas, foi no médico, fez dezenas de exames e eu também, já prestes a duvidar do meu poder de fogo... rsrsrs. Até certo dia, “lindo como uma manga brilhando ao sol n’uma manhã de setembro”. Foi uma espera maravilhosa, andávamos como se estivéssemos pisando em ovos, ainda assim Ela chegou apressada, não esperou os nove meses, já próximo do oitavo ela disse CHEGUEI!
Foi à primeira neta e a criança mais tola e mimada que eu já vi crescer e dosava essa tolice com muita graça – lembro-me de algumas situações que eu morria de ri; enquanto na caminha ela olhava pro teto e dizia, BU, BU, BU e eu ficava por saber o que ela queria dizer, então fazia graça, BE, BE, BE... rsrs ´era muito legal... ela ria pra caramba...
Durante quase três anos ela reinou sozinha em nossa casa, até a irmãzinha dela chegar e ficou tão feliz, passava o tempo todo perto da outra, como se quisesse cuidar dela. E cresceu assim, amorosa, atenciosa nos dando a impressão que queria retribuir o carinho e atenção que ela recebia de todos. Mais tarde já com o outro e último filho nascido ela exercia uma liderança incrível sobre eles, mesmo com pouca idade. “Papai gota disso não” era a expressão que ela usava quando brigava com eles.
No Ida Nelson, onde estudava, todos conheciam a Lalá, quando eu chegava ao portão para buscá-la, toda garotada gritava, Lalá, Lalá.. teu Pai chegou e ela me embromava brincando com os amiguinhos me fazendo esperar, mas eu gostava, era lindo vê-la brincando com outras crianças do mesmo tope, também foi assim no Colégio Militar e até hoje ela conserva as amizades daqueles tempos de criança e adolescente.
Em dois momentos meu coração apertou, um quando ainda com três anos, me avisaram que ela tinha sumido, sai do trabalho voando e quando cheguei em casa me disseram que Ela estava na Rádio Difusora... um vizinho maluco por não conhecê-la achou que ela estava perdida e a levou e a Lalá virou notícia... noutro mais preocupante, já adulta submeteu-se a uma operação delicada onde se pensava ser algo muito sério e de fato era, mas Ela superou e curou-se com a graça de Deus... Nessa situação eu vi a garota forte, determinada, e cheia de fé, característica que carrega consigo até hoje...
Entretanto, o que mais me orgulha e ao mesmo tempo me constrange, aconteceu ao completar dezoito anos, estávamos conversando e eu disse pra Ela: - Filha, agora é com você, arregace as mangas e busque suas conquistas, ela lagrimou. No dia seguinte ela estava correndo atrás de emprego e foi abençoada, mudou a Faculdade pra noite e desde lá as coisas se sucederam beneficamente, fez um lastro de amizades no CIEE, formou-se em Psicologia e hoje atua na Polícia Federal, é a Dra. Larissa. No tempo certo encontrou sua alma gêmea, brigou por isso e vive feliz com seu amor.
É sempre suspeito um Pai falar de seus filhos, mas trago uma cumplicidade de todos os seus irmãos, avós, sogro e sogra, além de primos das duas bandas e uma gama de amigos que com certeza afinam comigo no elogio e nos parabéns que ora ofereço pra minha filha Larissa...
Ela é nossa alegria, nosso orgulho uma garota extraordinária e tenho certeza será uma mãe maravilhosa...
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Antônio Souza
Enviado por Antônio Souza em 14/11/2018
Alterado em 15/11/2018