Antônio de Souza Filho
Meus Escritos
Textos
Momento triste
 
Vejo o crepúsculo da minha vida se pondo sem que as auroras da alegria tenham me despertado, nuvens cinzentas do meu passado permeiam a rotina dos meus dias, apagam o arrebol desenhado.
 
Sinto que os raios da sorte já não me cedem mais asilo, caminho solitário num mundo perdido sem flores sem cores, tudo se esvai nada fica senão a dor contida em versos tristes.
 
As cortinas do tempo se partiram, a rasga mortalha cantou, meu riso murchou, o Sol de mim se desviou, tudo se perdeu nesse jardim sem flor, sigo insone sendo tangido pelo vento, sempre ao relento das noites frias e solitárias.
 
Uma imagem vem e some, o arrepio me assusta, será melancolia? Ou o prenúncio da morte... não sei, quisera saber, espero que não, suspiro outro Norte.
 
Quem sabe, um novo dia.
 
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António Souza
(Prosa poética)
 

https://youtu.be/py2DBjfU5vQ
Alain Barrière - Ma vie

www.antoniosouzaescritor.com

 
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Acolho com muito carinho  a interação da excepcional poetisa:


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07/11/2019 22:15 - REGINA PESSOA

VIDA QUE SE ESVAI

 
                 Tem dias em que a tristeza toma conta de mim
                      Vejo o tempo que se esvai rapidamente
                             Eu de mim tão ausente
                                Nada do que eu planejei eu pude realizar
                                      Agora é tarde a morte não tarda a chegar

 
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A grandeza e maestria da inimitável  e superior Poetisa
Minha gratidão


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08/11/2019 17:04 - Esther Lessa

MOMENTO TRISTE 

 
Ah, penumbras que me tomais
em enredados sentimentos de tristeza e dor!
Ah, fluidos de angústia
que caminhais em meus recônditos
E não deixais espaço para qualquer fio de luz!
Ah, pedras que vos postais diante de possibilidades de escape!
Ah, desesperança tecida em meu interno ser, que me pondes inerte!
Esmagada sob vossos pesos,sou verme a rastejar, sou nada!
Nem mesmo sei a quanto tempo, aqui me quedo!
O pranto diluente, minha dor não lava
E um vento gélido que me faz sangrar de agonia
De repente, me traz a Rosa de Jericó!
Agarro-me a ela, como posso
E é essa flor da ressurreição que me transporta
para fora de vossos domínios,oh, forças acachapantes da condição humana!
Pelo menos até o próximo MOMENTO TRISTE !

 
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Antônio Souza
Enviado por Antônio Souza em 01/11/2019
Alterado em 08/11/2019
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