Já se passavam das vinte e três horas quando Cristina acordou. Ela tinha por hábito assistir o jornal das onze, ligou a TV a notícia corria: no dia seguinte os shoppings iriam abrir. Isso a fez ficar alegre e falou a si mesma: - Finalmente, já não me suporto mais aqui trancada todo dia. Ainda com sono resolveu desligar a TV e voltar a dormir, afinal o seu dia de faxina em casa fora exaustivo. Foi dormir pensando: - será mesmo que não há mais perigo de contaminação desse vírus maldito? Só preciso tomar cuidado. Preciso me distrair, estou ficando enferrujada. O shopping abriu as dez; às dez e dez Cristina já descia a escada rumo à praça de alimentação, ainda do alto avistou um cara super charmoso sentado no café onde ela costumava ficar. Sentiu uma estranha atração pelo sujeito, sentou-se numa mesa próximo à dele, pediu um café expresso e uma porção de pão de queijo. O rapaz fez um aceno com os olhos, ela sorriu, Ele se aproximou e perguntou: - posso sentar? Ela disse: - Sim, fique à vontade. - Podemos conversar disse o elegante rapaz. Ela disse: - Sim, como é seu nome? Ele falou: - Corona, - ela disse como? Ele voltou a falar, dessa vez com os olhos derramando sangue: - Corona Vírus. Cristina pulou da cama. - Nossa! – Melhor ficar em casa.