Mar a vista
O rio da minha vida parece estar muito próximo do mar, já posso sentir na boca o sabor da saudade das tantas curvas que meu destino fez. Dias alegres e tristes variados nas diversas estações.
Em algum momento conduzi com serenidade, noutros as circunstancias me impuseram celeridade, corri em lugares inóspitos, limpei-me entre folhas e flores que a sorte traçou p’ra mim. Entre tropeços e perdas, sou vitorioso pelo ar que respiro pela esperança que não cessa em mim.
Não creio que o mar seja o fim, mas tão somente o começo de uma nova história; uma nova fase para sentir o mundo e as coisas que está reservado para vermos d’um outro ângulo. Nessa correnteza que hoje estou, ainda quero poder viver o suficiente para amar a quem me ama e poder partilhar um fim com a mesma dedicação dos áureos tempos da juventude.
Ainda que me falte forças farei um esforço para segurar a mão do meu ser amado e dizer-lhe ao ouvido o quanto é forte a sua presença na minha vida e como foi lindo ter feito essa vida valer a pena. Reconheço minha inutilidade sem esse amor que me fez pular fogueiras, acender lareiras, correr do vento contra os tantos frios de noites distantes. Vou risonho p’ro mar e de lá vou acenar alegre e festivo como espero que seja a minha nova vida.
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Antônio Souza
(Prosa poética)
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Interação notável do grande mestre:
"A minha vida é um movimento
Como as ondas do mar
Sobe e desce a todo momento
Mas continua no mesmo lugar."
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É o mar da serenidade e da paz
E é também de um grande amor
Que de muitas vitórias será capaz,
Livre de toda e qualquer dor!
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Ter um novo recomeço,
Nos mares da existência,
É Deus dando eminência,
Para nosso novo berço...
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"Seja a morte uma certeza,
estejamos sempre atentos.
Pois a vida é vela acesa,
caminhando contra os ventos.
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