Nacional ou estrangeiro, eis a questão.
(Crônicas)
Futebol é uma matéria bem polêmica, por isso escrevo pouco, quase nada sobre ela. Porém, os últimos acontecimentos deixaram-me intrigado e me fez entrar na dança; a principal razão é a escolha do técnico para Seleção brasileira.
Motivados pelos deslizes das últimas copas, os dirigentes da CBF estão propensos a quebrar uma marca nossa de muito tempo, ou seja, deixar de ter um brasileiro nato como técnico do escrete canarinho e aqui eu me pergunto e estendo pra você, meu querido leitor. Vale a pena isso?!
É bem verdade que mundo à fora isso é normal, muitos países que querem disputar a copa do mundo se rendem a técnicos de outra nacionalidade, por terem mais experiência que os seus. Mas aqui..., penso que não, não cabe, nós somos “Pentacampeões do mundo” sempre com a nossa gente, e agora isso... pelo amor de Deus. Se já não temos mais amor a Pátria em razão da bagunça política, até compreendo, mas sair assim, entregando tudo, daqui a pouco vamos optar também por um estrangeiro ser o Presidente da República.
É amigos, começa assim... entrega a seleção, depois o carnaval, a Amazônia e assim vai; até voltarmos aqueles velhos tempos lá do passado onde o Rei vinha possuir por primeiro nossas mulheres... rsrsrs... será? Eu hein, pra lá. Devo estar exagerando, sei que sim, mas não me convenço dessa entrega e ainda ter que pagar uma fortuna por isso.
Nós somos diferenciados, somos bairristas, temos amor por nossas coisas, é ou, não é? – isso me faz lembrar meu tempo de jovem lá pelos idos dos vinte anos: trabalhava numa empresa multinacional e viajava muito pelo Brasil. Certa vez estava em Belém do Pará e fui numa casa noturna, promoviam festas lindas, de lá duas coisas nunca esqueci, uma música chamada “Mississipi" da banda "Pussycat”, era como iniciavam a noite. Outra, e a que se enquadra aqui é a de um garçom num bar em frente dessa casa. Pra esperar a casa abrir eu e alguns colegas ficávamos tomando umas cervejinhas por ali, foi então que nessa noite vi como são bairristas os paraenses, coisa que já haviam me falado.
Pois bem, a cerveja da época era a “Antarctica” em todo Brasil, pelo menos aqui no Norte. Cheguei pro garçom e pedi a tal cerveja; ele trouxe uma “Cerpa”; por pensar que ele não havia entendido, tomamos sem problemas, no segundo pedido eu fui bem claro: - queremos uma ANTARCTICA ele foi lá e trouxe outra CERPA e olhou bem pra mim, de novo não criamos caso, tomamos. No terceiro pedido eu o chamei em particular e pedi ANTARCTICA. Ele voltou com outra CERPA e bateu bem forte na mesa, quase quebrou a garrafa. Então o colega olhou pra mim e disse: - eu não te falei, aqui é assim, eles dão muito valor o que é da terra. Pronto, entendi, tudo resolvido. Olhei ao redor e todos tomavam a bendita “CERPA” por sinal, muito boa. A “Cerpinha gogó de ouro” então, até hoje é a minha predileta.
É assim amigos, muitas coisas mudaram no Futebol que sei é pra melhor, mas sempre gera polêmica, tal essa regra dos jogadores em impedimento... pelo amor de Deus.. o cara chega a sair feito louco comemorando o gol, o narrador dá aquele ápice de empolgação só falta rasgar a garganta, depois vem o tal “VAR” e diz que não foi Gol, é como tirar o amante de cima da amada, naquela hora. - rsrr.. nossa mãe de Deus.
Uma coisa eu sei, solução pro problema tem, sim. Basta criar escolas de Técnicos em Futebol com estágios em grandes equipes da Europa, ou em outro centro que esteja em alta. Só não o centro de macumba... rsrs .... ou até valha, sei lá. Mas por favor; ESTRANGEIROS NA SELEÇÃO NÃO.
Falo por mim.
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Antônio Souza
(Escritor)
Música:
Mississipi – Pussycat
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Posto aqui com carinho e consideração a interação do Excepcional Poeta ANSILGUS
CORDEL – A seleção do Mestre Tite – 12.06.2021 (PRL)
(01)
Esse senhor renomado
Treinador de futebol
Que à seleção foi alçado
E logo passou pra escol
Não ganhou nenhuma Copa
Falo a do Mundo, a maior
Nunca trabalhou na Europa
Porém se julga o melhor
(02)
Palpite não, de ninguém,
Parece sofrer de OTITE
E só enxerga um alguém
Pode ser CONJUNTIVITE
O seu time não agrada
Porque só tem estrangeiro
Que não faz grande jornada
E só pensa no dinheiro
(03)
Com certeza né MASTITE
Mas não lhe falta aptidão
Talvez seja tal ADENITE
Que lhe tira a inspiração
Mas ele adora vencer
Não jogou na seleção
Como atleta, vou dizer
No campo era um cagão
(04)
Tem horas que esse seu time
Fica tonto no gramado
E que ninguém se aproxime
Pois anda contrariado
Pode ser LABIRINTITE
Que parece não ter cura
Ou então APENDICITE
Tem de mudar a postura
(05)
Porém ganhou muita taça
Nos times que já treinou
E se a seleção fracassa
Pra nós será um horror
Talvez seja a CERATITE
Que na córnea traz problema
Ou mesmo PANCREATITE
Que seria um dilema
(06)
Já ganhou a Copa América
E agora faz beicinho
A moçada está colérica
Pelo vírus, coitadinho!
Que traz até DERMATITE
Mas prejudica os pulmões
Quem sabe por TUBERCULITE
Penso lhe faltam razões
(07)
Mas se a Copa fosse fora
Todos iriam sorrindo
Penso que chegou a hora
De a quem cabe ir agindo
Dispensar logo esse cara
Que nos causa ESTOMATITE
Mesmo debaixo de vara
Mandando a outro o CONVITE
(08)
Renato Gaúcho na espera
Dum chamado a qualquer hora
Sem brincadeira, de vera,
Antes do romper d’aurora
Sendo bom que seja sério
Cortar quem joga lá fora
Porque há muito impropério
Que venha sem mais demora
(09)
Quem sabe, com PILORITE
O trinador se despeça
Talvez tenha ESOFAGITE
Sua saída se expressa
Será a tal MIOCARDITE?!
Que isso nunca aconteça
Ou ele não mais REFLITE
Espero que reconheça
(10)
Treinador da seleção
Ganha dinheiro demais
E pra não ser campeão
Botando outros pra trás
Mas a grana corre solta
De salário algum milhão
Muita gente se revolta
Pra mim não vale um tostão
SilvaGusmão