Luz de amores guardados
Quando aqui no cerrado a luz da noite prateia a madrugada, ilumina em mim cantos tristes. Os pirilampos acendem a fogueira da saudade e a nostalgia se faz menino de coisas passadas.
Pelas frechas das janelas as estrelas se mostram ao redor da lua e trazem-me lembranças de sonhos que já foram verdades.
O vento frio arrebata os lençóis, ainda quentes de amores, em travesseiros guardados e deixa a cama palco das fantasias toda desarrumada, neles eu vou a momentos tão desejados.
O galo já cantou, vem a aurora trazendo o sol, o cheiro do café lá da cozinha alerta para mais um dia de trabalho e solidão. Outra vez eu levanto com a esperança na mão.
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Antônio Souza
No Rancho Fundo – Chitãozinho & Xororó
Interações que acolho com carinho
"A luz que brilha lá no céu
Não é a mesma da nossa mente
Quando o favo derrama o mel
Não é o mesmo d'amada preesente."
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Destaco com gratidão e enorme carinho
o comentário da excepcional Poetisa:
Na madrugada os fantasmas se levantam e vêm atormentar a alma que chora de dor e saudades!... O luar a invadir e desvendar o ser que se esconde para um novo dia começar com a tristeza pura no fundo do olhar e se mostra a quem possa ver...Mas, ninguém olha e se olha não vê!... A solidão como única companheira me faz caminhar...
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